Coordenador da base da CBF, o ex-lateral Branco, tetracampeão em 1994, disse que não vai tapar o sol com a peneira. Ele classificou a campanha como muito ruim. Mas evitou falar do futuro da comissão técnica na Seleção Brasileira.
Foram nove jogos, três vitórias – uma no hexagonal, justamente contra a Argentina, nesse domingo, por 1 a 0, em Rancagua -, três derrotas e dois empates no Sul-Americano sub-20 no Chile. Mais uma vez, a seleção brasileira não se classificou para o Mundial da categoria – a terceira nas últimas quatro vezes. Terminou em quinto lugar. Classificaram Equador, Argentina, Uruguai e Colômbia.
O coordenador da base da CBF, Branco, disse que não ia tapar o sol com a peneira. Classificou a campanha como muito ruim. Mas evitou falar do futuro da comissão técnica na seleção brasileira.
Carlos Amadeu expressou a vontade de seguir trabalhando com a seleção sub-20 – o técnico está na CBF há quatro anos, foi campeão sul-americano e terceiro colocado no sub-17. Para ele, superar todos problemas do pacote de jogadores que já servem ao profissional – os de maior destaque não são liberados pelos seus clubes – é um grande desafio.
Branco evitou falar do futuro. Nos bastidores, a mudança se anuncia para a volta ao Brasil. O coordenador da CBF disse que vai analisar com calma e tranquilidade a questão. “Amadeu é um grande técnico. Agora não adianta querer fazer aqui um balanço do trabalho dele. Vou chegar na CBF, a gente vai sentar com calma e tranquilidade. Todos estão tristes. Acima de tudo pelo jogo que fizemos hoje. Talvez se tivéssemos feito dois, três jogos desse nível a gente estaria sorrindo no Mundial da Polônia. Não conseguimos e não adianta agora de cabeça quente fazer balanço geral. O espelho do balanço é que nós não entramos”, disse o coordenador da base.
O desejo de Branco é discutir com a CBF, com a Conmebol e com a Fifa a liberação de jogadores para competições de base. Ele reconhece, porém, a dificuldade do anseio se tornar realidade. A solução pode passar por aumentar a observação e contar com mais convocações para formar um grupo alternativo aos jogadores vetados por grandes clubes brasileiros e europeus.
“Cada vez mais é um grande problema que a gente tem. Aqui se analisarmos bem é eliminatória de Mundial. Nem no Mundial libera. Tem que mudar, até para o espetáculo melhorar. Mas isso é discussão que já vem de muito tempo. Só treinamos esse time praticamente quando tem convocação. Se continuar dessa forma temos que ampliar nossa observação para ter lista mais larga de qualidade para contar com outros jogadores que têm condição de servir a seleção.”