sábado, maio 18, 2024

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COLUNA SACA ROLHA: A primavera chegou, vamos de rosé!

Rodrigo Leitão
jornalismo@raizesdiario.com.br

A estação das flores já chegou. É primavera e com ela chegam os rosés. Todos eles, brut, tranquilo, abafado, clarete. É tempo de se esbaldar nos espumantes e nos vinhos brancos também. É tempo de Beaujolais, de tintos leves e de Pinot Noir. Esta é a sugestão que dou para quem quer se aventurar pelos vinhos nos próximos meses. Na minha opinião, é o que há de melhor para degustar nessa época do ano.

A primavera é um período que favorece os vinhos mais aromáticos, os brancos de forma geral, os espumantes, todos eles, os vinhos rosés e espumantes brut rosé em especial. Também dá para saborear os vinhos tintos, mas a preferência desta estação deve recair sobre os brancos e rosés.

Os vinhos da Borgonha, feitos exclusivamente com a uva Pinot Noir são tintos mais adequados que os demais. Podemos dizer que a vez agora é da Provence, de seus rosés deliciosos. Se você quiser vinhos de Bordeaux, opte pelos merlots e de preferência os mais leves, pois combinam bem com comida asiática, assim como os Pinot Noir, que têm tudo a ver com essa época do ano. A culinária asiática usa muita especiaria, peixes crus, caldos com frutas e molhos que ficam melhor acompanhados por vinhos de uvas Pinot Noir, Merlot leve ou Beaujolais. No caso desse último vinho, a grande festa dele se dá em novembro, extamente no auge da primavera, que é quando sai o Beaujolais Nouveau, com cerca de 60 milhões de garrafas vendidas para todo o mundo. Esses vinhos de happy hour, de fim de tarde ou de almoço são os mais indicados para a Primavera.

Esta estação também é o momento de abrir os espumantes. Todos eles, mas com preferência para os rosés, que trazem aromas mais florais. E é época de Orus, o único rosé nature feito no Brasil, pelo método champenoise e tiragem de 600 garrafas numeradas pelo próprio enólogo Adolfo Lona. E por falar em Lona, a primeira garrafa de espumante que abro na primavera é do espumante Brut Rosé  Adolfo Lona, na minha opinião, o melhor feito no Brasil pelo método charmat (e olha que até diretor de vinícola francesa admitiu, mas em off, que a bebida é brilhante. O especialista achou que fosse champenoise! Qualquer dia eu conto esta história…). Provei recentemente o Fabian Rosé, achei muito bom. Também é bom o brut rosé da Dal Pizzol, o brut rosé da Valduga, da Villaggio Grando, da Panceri e o brut rosé charmat longo da Kranz, que estará na ExpoVinho Joaçaba, dias 18 e 19 de outubro, no Spazzio Brollo.

Entre os vinhos roses feitos no Brasil, temos várias opções. Se você não tem preconceito quanto ao vinho nacional, experimente o Rosé da Villa Francioni, considerado entre os três melhores do mundo em uma avaliação às cegas em São Paulo, há três anos e o melhor à venda no mercado brasileiro. Outro excelente rosé é o Amante, feito com uva Malbec, pela Casa Valduga. Agora, se você tem dinheiro no bolso, até R$ 90, compre o rosé quase clarete português Conde de Vimioso Rosé, do João Portugal Ramos, à venda em Joaçaba, ou um Julio Bastos, Dona Maria Rosé, todos os dois portugueses. Muito bom também é o Delas Frères Saint Esprit 2010. É um excelente Côtes Du Rhône macerado por 18 horas a partir das uvas grenache (40%), syrah (40%) e cinsault (20%). Um rosé do Rhône muito elegante. Sai na faixa de R$ 95.

Agora, se você está com pouco dinheiro e não quer deixar de experimentar um bom espumante rosé, a melhor dica do mercado brasileiro é a Garibaldi. A cooperativa da cidade de mesmo nome, no Rio Grande do Sul, produz o melhor custo benefício nacional. Prove a linha Vero, especialmente o espumante brut rosé, custa na casa de R$ 29,00. Excelente! Ótimo para acompanhar pratos leves, frutos do mar, massas com molhos vermelhos, queijos médios e até churrasco, principalmente se estiver fazendo calor.

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