A Fifa aplicou multas de quase R$ 2,6 milhões (687 mil francos suíços) sobre as federações nacionais por comportamento de seus jogadores, treinadores e torcedores. Mas entidades alertam que ainda existem problemas na legislação no que se refere ao combate à homofobia.
Federico Addiechi, diretor de Sustentabilidade e Diversidade da Fifa, afirmou que o Mundial de 2018 representou o maior programa anti discriminação em uma Copa. Além do monitoramento de todos os jogos por três especialistas, a Fifa contou com a ajuda de um grupo de 50 observadores distribuídos nos estádios para tentar identificar o comportamento de torcedores e jogadores. Os seguranças também foram treinados para lidar com casos de violações.
Para a entidade parceira da Fifa na Copa, a Fare, existia a preocupação de que comportamentos agressivos por parte de torcedores russos se transferissem para a Copa. Mas houve uma ação policial antes do evento e alertas a grupos específicos. Ainda assim, os dados revelam que a maior multa foi aplicada contra a Argentina, pela briga de seus torcedores contra a Croácia: 105 mil francos suíços foram cobrados da AFA (Associação de Futebol Argentino).
Mas, salvo este caso, todas as multas aplicadas sobre ofensas racistas ou de homofobia foram inferiores às violações comerciais. A Suécia, por exemplo, foi multada em 70 mil francos suíços depois que foi descoberto que seus jogadores entraram em campo com meias não aprovadas. Os croatas também pagaram o mesmo valor depois que um jogador entrou em campo com uma bebida que tampouco era de um dos patrocinadores.