De um lado, Réver, 33 anos, 1,92m, e Juan, 39 anos, 1,83m. Do outro, Igor Rabello, 22 anos, 1,90m, e Marcelo Benevenuto, também de 22 anos e 1,80m. É com esse antagonismo na zaga que Flamengo e Botafogo decidem a primeira vaga na final do Campeonato Carioca nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Maracanã. O Rubro-Negro, que joga pelo empate por ter sido campeão da Taça Guanabara, aposta na experiência de seus defensores, enquanto o Alvinegro dá um voto de confiança à velocidade de suas promessas.
Apesar da distância da idade e de tempo de clube (considerando só o período no profissional), a diferença de jogos das duas duplas é pequena. Os veteranos rubro-negros formaram a zaga em 30 oportunidades desde 2016, sendo 26 como titulares e nove clássicos. Enquanto isso, os jovens alvinegros atuaram juntos como zagueiros em 26 partidas do ano passado para cá, tendo começado desde o início em 21 delas e disputado oito clássicos. Mas, afinal, quem tem os melhores números? O GloboEsporte.com checou:
Companheiros no Internacional antes mesmo do Fla, Réver e Juan jogam juntos há três anos. No Rubro-Negro, desde junho de 2016. A estreia da dupla foi justamente contra o Botafogo, empate por 3 a 3 na Ilha do Governador. Mas a titularidade de ambos é recente e se consolidou ano passado com Reinaldo Rueda. Embora a idade avançada preocupe, o prestígio com Carpegiani e torcida permanece. Além do entrosamento, pesa a favor deles a “casca” de já terem feito a zaga em jogos de peso de Brasileiro, Libertadores, e finais da Copa do Brasil e Sul-Americana.
Revelados pelo Botafogo, Igor Rabello e Marcelo Benevenuto só se conheceram no profissional. Apesar de estarem com a mesma idade, o primeiro é quase um ano mais velho e já havia sido promovido quando o segundo chegou do Resende para a base. Até 2017, pouco haviam feito a zaga: só oito vezes. Mas a dupla se fortaleceu neste Carioca, com Felipe Conceição e principalmente Valentim. O técnico, adepto da defesa leve para jogar em linha alta, dá um voto de confiança aos garotos mesmo com as críticas após os oito gols sofridos nos últimos três clássicos.
E o antagonismo se refletirá até mesmo no banco dos rivais no Maracanã. Só que agora não em características, mas sim pelo momento de seus principais reservas. No Flamengo, Réver e Juan têm a sombra do também experiente Rhodolfo, de 31 anos, que é um dos mais regulares do elenco e vem sendo bastante utilizado por Carpegiani. Já no Botafogo, o ex-capitão e argentino Carli, também de 31 anos, foi barrado e vem perdendo espaço. Jogou só duas vezes em 2018 e, mesmo com clamor das arquibancadas, segue sem perspectivas de ser aproveitado.