A UM PASSO DE SI MESMO
As vezes nos perdemos
nos labirintos apocalípticos
do teatro da existência,
por descuido, ociosidade ou estultice…
Perdemo-nos dos nossos entes queridos
dos nossos labores,
dos nossos sabores, amores
e o que é pior,
perdemo-nos de nós mesmos!
É possível que nós, seres humanos, que nos dizemos racionais,
adentremo-nos no abstratismo do nosso próprio eu?
Vivemos enclausurados em um mutismo dogmatizado
por nós…
Por quê?
Talvez porque a humanidade
caminha para a eclosão neurastênica, psicótica total,
e nós, sem termos um verdadeiro amigo para desabafar
nossos traumas e angústias, nos enclausuramos,
nos entregando ao Morfeu fleumático!
Outras vezes penetramos no túnel do faz-de-conta e fantasiamos
nossos recalques num último apelo à nossa mente, para que ela
nos conduza à realidade concreta.
Que nossas fantasias que queremos, sejam reais, realmente sejam…