Rodrigo Leitão
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A estação das flores está aí! É primavera e com ela chegam os rosés. Todos eles, brut, tranquilo, abafado, clarete… É tempo de se esbaldar nos espumantes e nos vinhos brancos também. É tempo de beaujolais, de tintos leves e de pinot noir.
A primavera é um período que favorece os vinhos mais aromáticos, os brancos de forma geral, os espumantes, todos eles, os vinhos rosés e espumantes brut rosé em especial. Também dá para saborear os vinhos tintos, mas a preferência desta estação deve recair sobre os brancos e roses.
Os vinhos da Borgonha, feitos exclusivamente com a uva pinot noir são tintos mais adequados que os demais. Podemos dizer que a vez agora e da Provence, de seus roses deliciosos. Se você quiser vinhos de Bordeaux, opte pelos merlots e de preferência os mais leves, combinam bem com comida asiática, assim como os pinot noir, que tem tudo a ver com essa época do ano. A culinária asiática usa muita especiaria, peixes crus, caldos com frutas e molhos que ficam melhor com pinot noir, merlots leves ou beaujolais. No caso desse último vinho, a grande festa dele se dá em novembro, extamente no auge da primavera, que é quando sai o Beaujolais Nouveau, com cerca de 60 milhões de garrafas vendidas para todo o mundo. Esses vinhos de happy hour, de fim de tarde ou de almoço são os mais indicados para a Primavera.
Também é hora de abrir os espumantes. Todos eles, mas com preferência para os rosés, que trazem aromas mais florais. E é época de Orus, o único rosé nature feito no Brasil, pelo método champenoise e tiragem de 600 garrafas numeradas pelo próprio enólogo Adolfo Lona. E por falar em Lona, a primeira garrafa de espumante que abro na primavera é do espumante Brut Rosé Adolfo Lona, na minha opinião, o melhor feito no Brasil pelo método charmat (e olha que até diretor de vinícola francesa admitiu, mas em off, que a bebida é brilhante. O especialista achou que fosse champenoise! Qualquer dia eu conto esta história…). Provei recentemente o Fabian Rosé, achei muito bom. Também e bom brut rosé da Dal Pizzol, o brut rosé da Valduga…
Entre os vinhos roses feitos no Brasil, temos várias opções. Se você não tem preconceito quanto ao vinho nacional, experimente o Rosé da Pericó. Agora, se você tem dinheiro no bolso, compre Conde de Vimioso Rosé, do João Portugal Ramos ou um Julio Bastos, Dona Maria Rosé, todos os dois portugueses. Muito bom também é o Delas Frères Saint Esprit 2010. É um excelente Côtes Du Rhône macerado por 18 horas a partir das uvas grenache (40%), syrah (40%) e cinsault (20%). Um rosé do Rhône muito elegante.