Este ano não vai ser igual aquele que passou para os fãs de Fórmula 1 no Brasil. Pela primeira vez na história, desde 1969, quando Emerson e Wilsinho Fittipaldi disputaram, não haverá piloto brasileiro na disputa do Campeonato Mundial da FIA. Nos últimos 49 anos, o país teve ao menos um representante no circuito e oito títulos conquistados. Atualmente, o torcedor brasileiro está órfão de um representante naquele campeonato considerado a elite, mas pode torcer por pilotos do país em outras categorias do automobilismo.
Lucas Di Grassi, atual campeão da Fórmula E, no Estados Unidos, cujos carros correm movidos exclusivamente a energia elétrica, pode ser uma alternativa para o torcedor. Outra opção é o neto do bicampeão Emerson Fittipaldi. Pietro, de 21 anos, estreia este ano na Fórmula Indy. Ao lado dele, também inicia carreira o piloto Mateus Leist, de 19 anos. Os dois vão formar fileiras com campeões e já veteranos Tony Kanaan e Helio Castroneves.
Matheus será o piloto mais jovem do grid. Ao lado do compatriota brasileiro Tony Kanaan, ele representará a equipe A.J. Foyt. “Ter Tony como meu companheiro de time é incrível, porque ele é meu ídolo desde que eu sou criança. Nós somos de gerações diferentes, mas eu mal posso esperar para estar com ele na pista e aprender o máximo possível”, declarou o gaúcho Matheus, campeão da Fórmula 3 Inglesa em 2016.
Pietro está empolgado para repetir o sucesso da família Fittipaldi na Indy — principalmente quando o assunto é as 500 Milhas de Indianápolis. Mas deixa claro qual o objetivo maior. “Não escondo de ninguém que meu outro grande objetivo é chegar na F-1 e, com certeza, esta temporada na Indy será um passo muito importante em meu desenvolvimento”, afirmou à Agência Estado.
O brasileiro que mais se aproxima da principal categoria do automobilismo é Sérgio Sette Câmara Filho. O mineiro de 19 anos estreou na Fórmula 2 — principal categoria de acesso à Fórmula 1 — na temporada passada, pela equipe MP Motorsport. Em 2018, ele defende uma nova escuderia e correrá a temporada pela Carlin, tradicional equipe inglesa.
No ano passado, Sérgio — filho do presidente do Atlético-MG — fez a estreia com desempenho mediano: ficou na 12ª colocação, entre 29 competidores. O piloto subiu ao pódio duas vezes no ano. Foi campeão da segunda corrida da 8ª etapa, na Bélgica, e ficou em segundo lugar na segunda corrida da etapa seguinte, na Itália.