A Associação Joaçabense de Voleibol (AJOV) comemorou nesta segunda-feira, dia 5 de julho, 25 anos de história. Em 1996, em cerimônia no antigo Clube da Amizade, em Joaçaba, a entidade foi fundada para dar sequência a um projeto iniciado em outubro de 1994, quando 15 meninas de 13 e 14 anos selecionadas da Oliejho iniciaram os treinos de voleibol visando o campeonato estadual da categoria Infantil no ano seguinte. Na época, a iniciativa se chamava “Atleta 2000”.
“O ‘Atleta 2000’ era patrocinado por uma empresa de Joaçaba, que completava 70 anos e adotou o programa como estratégia de marketing institucional. Encerrado o período da campanha publicitária, a empresa retirou o patrocínio e o projeto, que já estava em andamento, precisou encontrar uma alternativa para que tivesse continuidade”, explica o idealizador da AJOV, Roberto Francisco Wesoloski, o Betinho.
Diante do impasse, foram convocados os pais das atletas que participavam dos treinos e foi sugerida a criação de uma Organização não Governamental (ONG) para comandar os destinos do vôlei em Joaçaba. Por unanimidade, os fundadores batizaram a entidade de Associação Joaçabense de Voleibol (AJOV) e alteraram o nome do projeto para “Bom de Bola, Bom de Escola”.
O primeiro treinador foi Paulo Henrique Stroher. “Iniciamos com 14 meninas e seis bolas usadas, com treinos no ginásio do Clube 10 de Maio. De forma muito humilde, mas com um sonho grandioso. Com os pés no chão, mas com perspectiva de crescimento… E isso foi se consolidando ano a ano”, lembra Betinho. “Foram muitos resultados expressivos no rendimento e na base, sempre com as atenções voltadas ao objetivo social do projeto, que é formar cidadãos”.
O idealizador destaca que em 1997 a equipe chegou à semifinal dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina e em 1998 foi vice-campeã da competição. Em 1999, considerado o ano de ouro, a AJOV conquistou três títulos: Campeonato Estadual Pré-Mirim, Joguinhos Abertos e Campeonato Estadual Juvenil. “O ano de 1999 também marcou o surgimento da atleta Natália Zilio Pereira, que iniciou os treinos com o professor César Junqueira. A Natália é a grande expressão da entidade, sem esquecer todas as outras atletas que passaram pela associação e hoje são profissionais em diversas áreas e reconhecem a importância do projeto social para a vida”.
Betinho ainda enaltece os patrocinadores, apoiadores, colaboradores, comissões técnicas, pais e atletas ao longo da história, que contribuem para a manutenção do trabalho e para que a associação seja referência em Santa Catarina. “A AJOV foi beneficiada com a Lei de Incentivo ao Esporte a partir de 2013 e soma outras certificações junto ao Ministério do Esporte. Em 2017 foi eleita pelo Conselho Estadual de Esporte como a ‘entidade do ano’, recebendo a Comenda do Mérito Desportivo, maior honraria concedida em Santa Catarina”, diz, acrescentando que hoje a AJOV tem uma metodologia de organização que é modelo.
O idealizador enfatiza que a AJOV faz parte da sua vida, assim como de outras pessoas que fazem parte dos 25 anos de história da associação. São muitos momentos de glórias e alegrias, mas também de tristezas e perdas, como os períodos de oscilação, quando a escassez de recursos refletiu nas atividades. “Tivemos anos difíceis, mas o projeto sempre esteve vivo em busca das suas metas”, ressalta.
2021
Desde a fundação, em 1996, a AJOV teve 12 gestões: 1996-1998 e 1998-2000 (presidente Roberto Francisco Wesoloski); 2000-2002 (presidente Geraldo Kremer); 2002-2005 (presidente Osvaldo Colombo); 2005-2007 (presidente Flavio José Tobaldini); 2007-2009 e 2009-2011 (presidente Dirceu Machado); 2011-2013 (presidente Vilmar Zílio); 2013-2015 e 2015-2017 (presidente Luiz Carlos Pereira); 2017-2019 (presidente Egildo Bevilaqua); e 2019-2021 (presidente Vanderlei Antonio Semione).
O ano de 2021, além de marcar os 25 anos da entidade, é lembrado por outro fato histórico: pela primeira vez a Diretoria Executiva é presidida por mulheres. Em assembleia geral no dia 22 de fevereiro, foram empossadas para o biênio 2021-2023 a presidente Soili Marilei Natus e a vice-presidente Karina Berghahn, além da secretária Michele Luciane Blind de Morais.
Soili, Karina e Michele são mães de atletas, já ocuparam cargos em outras gestões e agora têm a missão de dar continuidade aos programas de inclusão social através do esporte, visando a promoção de saúde, educação e cidadania e a geração de oportunidades. Destaque para o “Bom de Bola, Bom de Escola”, as cinco categorias de rendimento e os sete núcleos que contemplam aproximadamente 300 crianças e adolescentes em Joaçaba, Herval d’ Oeste, Vargem Bonita e na comunidade de Campina da Alegria.
(Fonte Mayelle Hall/Assessoria de Comunicação)