segunda-feira, janeiro 20, 2025

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Coluna Pelo Estado – Moisés retorna com apoio de Julio Garcia

O resultado do Tribunal Especial que absolveu o governador Carlos Moisés (PSL) do processo de impeachment que apurava crime de responsabilidade no reajuste dos procuradores do Estado deixou o governador confiante para o segundo processo, no caso dos respiradores, e que terá relatório julgado na próxima semana. Horas após a decisão na Alesc, Moisés chamou jornalistas para uma coletiva de imprensa na Casa D’Agronômica e deu pistas sobre o novo momento do seu governo.

Moisés anunciou na Casa Civil, Eron Giordani, que até então era o chefe de gabinete do presidente da Alesc Julio Garcia (PSD). A reaproximação de Garcia e da Alesc parece ser a grande chave da articulação que devolveu o governo para Moisés.

Garcia foi um dos protagonistas dos pedidos de impeachment de Moisés e os dois chegaram a polarizar o debate. “A falta de diálogo coma Alesc sempre foi anunciada como grande defeito deste governo”, disse o governador justificando a nomeação.

O governador, que no auge da crise após o escândalo dos respiradores, que não tinha sequer um parlamentar para sair em sua defesa na Alesc, agora fala em “ampla maioria” dos deputados e está confiante que a reaproximação com o parlamento poderá pesar no julgamento do segundo pedido de impeachment, que deve ter relatório julgado na próxima semana.

O novo momento coloca Moisés em confronto com algumas das suas próprias declarações ao longo do primeiro ano e meio de governo, principalmente o de não promover nomeações em troca de favores políticos. Por essa atitude foi muito criticado, principalmente por confundir diálogo entre poderes com ‘toma-la dá cá”.

Moisés continua falando em falta de justa causa para o caso dos 200 respiradores comprados da China e pagos de forma antecipada. Foram R$ 33 milhões dos cofres públicos que ainda não se tem respostas. A seu favor, diz ter a prova de que não participou das negociações e que não sabia dos detalhes da compra.

Mesmo assim, ao que tudo indica, o que vai resolver mesmo este segundo tempo do governo Moisés e o julgamento da próxima semana será a política.

Lavada
Moisés foi absolvido por 6 votos a 3 e uma abstenção, o governador da suposta prática de crime de responsabilidade na concessão de reajuste salarial aos procuradores do Estado. O número de votos demostrou a virada do governador após a decisão favorável no caso dada pela Justiça. Ele estava afastado das funções desde 27 de outubro, quando o tribunal acatou a denúncia contra ele e deu início ao julgamento. Para que Moisés fosse condenado e perdesse em definitivo o cargo de governador, eram necessários, no mínimo, sete votos pela condenação (2/3 dos 10 membros do tribunal).

Não Colou
O deputado Kennedy Nunes (PSD) chegou a antecipar a jornalistas que pediria vistas no processo de impeachment de Moisés, o que adiaria o julgamento em pelo menos mais cinco dias. Nunes disse que precisaria se inteirar dos últimos desdobramentos do caso: decisão do TJ que considerou reajuste legal e o ato da governadora que suspendeu o reajuste. Os desembargadores questionaram o parlamentar e levantaram suspeita de que tudo não passaria de manobra protelatória, mas sem falarem diretamente isso. O deputado percebeu que pegou mal e recuou.

Economia
A estabilidade e a segurança jurídica são indispensáveis para a atividade empresarial e o desenvolvimento econômico. A decisão do Tribunal Especial de não afastar o governador Carlos Moisés coloca o estado novamente no caminho da normalidade institucional. O rito democrático, previsto na Constituição, foi cumprido e ratificamos que seguimos à disposição do governo para colaborar nas políticas voltadas ao desenvolvimento da indústria e de Santa Catarina.

Gean Loureiro
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, passou por procedimento médico na tarde desta sexta-feira, 27 de novembro, após apresentar alterações no batimento cardíaco detectadas em exames. Gean vinha apresentando febre e mal-estar desde que se recuperou da infecção por Covid-19, no mês de outubro. O prefeito se internou no Hospital SOS Cardio e passou por um eletrocardiograma transofágico, para detectar a possível presença de coágulo no coração. Com a negativa do diagnóstico, os médicos, então, aplicaram uma “cardioversão elétrica”, um procedimento para “resetar” o coração e retomar um ritmo normal.

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