“A música retrata uma conversa íntima entre uma pessoa e seus pensamentos, descrevendo a angústia do isolamento social e a melancolia dos dias de quarentena”.
“Essa música nasceu no Dia das Mães”, declara o cantor e compositor Jaime Telles Filho, natural de Pato Branco, no Paraná, mas criado em Joaçaba. “Eu moro em Itapema, no Litoral de SC, e estava planejando vir passar o fim de semana nessa data com a família, mas devido à quarentena acabei ficando impossibilidade de viajar. Estava sem carro, não tinha ônibus funcionando e não tinha carona também. E como já fazia um tempo que não via todo mundo fiquei meio angustiado e aproveitei pra por todos esses sentimentos na música. Peguei meu caderno e violão e comecei a compor a letra”, explicou.
Ele conta que “a música retrata uma conversa íntima entre uma pessoa e seus pensamentos, descrevendo a angústia do isolamento social e a melancolia dos dias de quarentena. ‘O tempo foge, foge, eu vejo o mundo pela tela do celular’, bordão que se repete como a frase principal da música, sintetiza os últimos meses das nossas vidas, em que tivemos contato com o resto do mundo apenas através do celular, afetando diretamente nossa saúde mental”.
Nesse contexto, segundo Jaime Filho, a falta de calor humano e a saudade dos entes queridos é o aspecto mais cruel do isolamento. “E, ao mesmo tempo, é na fidelidade a esse afeto, a esse amor pelos seus, que o interlocutor encontra forças para manter a sanidade e seguir em frente”. “Respira fundo, lembra de tudo que a vida já te ensinou”, diz outro trecho da letra.
Quando terminou a letra, Jaime Telles Filho gravou um pequeno vídeo e postou no instagram (@jaime.telles) cantando uma parte da música e oferecendo a para sua mãe, como presente de Dia das Mães.
Depois ele o parceiro Kim Zanoni, natural de Passo Fundo/RS, que formam a banda ALTER EGO, gravaram um clipe em Itapema. Confira:
SAIBA MAIS
ALTER EGO começou a surgir no final de 2016, Jaime e Kim já haviam tocado juntos em outra banda, que trabalhava com covers, mas eles queriam focar em músicas autorais, fazer o próprio som. “Pensávamos muito parecidos começamos a trabalhar juntos em composições, a coisa fluiu muito rápido e em dois meses e pouco tínhamos nosso primeiro EP pronto, com cinco músicas, gravadas todas em casa e percebemos que era mais fácil trabalhar em dupla”, lembrou Jaime Filho.
O nome escolhido para o projeto representa justamente a dupla personalidade do duo, a amizade e o lado artístico que encarnamos quando estamos no palco. “Este é o terceiro ano de banda, explorando de forma muito livre a nossa musicalidade, sem nos prender a padrões ou gêneros. Nós somos pop, somos rock, somos rap e o que quisermos ser. Sem limites nem regras, o importante é a música e a liberdade que ela nos proporciona”, afirma.
Em meio à pandemia, eles não estão fazendo shows, nem lives. “Para fazer lives com a qualidade que gostaríamos é necessário ter uma estrutura que ainda não temos. Então estamos aproveitando o momento para estudar o mercado, para chegar cada vez mais longe com a nossa música, e aproveitando para compor muito, repensando o nosso show. Para que quando as coisas voltarem ao normal nós possamos retornar com tudo para a estrada”, garante.