Por Jaime Telles, membro orador do Instituto Histórico e Geográfico do Oeste Catarinense – IHGO. Siga: instagram.com/tellesherval/
Em nossas idas e vindas, tal qual os peixes, transpomos de margem a margem, o Rio do Peixe, no anseio de garantir pão à mesa e conviver em sociedade. Cada ponte é um grande símbolo, porque nos conecta e permite a troca de fazeres e buscares, onde as riquezas de um lado complementam as do outro.
O ser humano é assim. Ele olha para o rio e já se imagina desbravando a outra margem. Quem está do outro lado pensa igual. Daí a necessidade de ponte.
Assim convivemos, Herval d´Oeste e Joaçaba, em admirável troca de ideias, investimentos, empreendimentos, conhecimentos e ações. De igual sorte, dividimos dúvidas e percalços, buscando soluções para uma cidade, de forma que a outra também desfrute do mesmo benefício.
Poderia citar aqui pessoas, empresas e instituições de grande importância, que são o que são porque vivenciam essa realidade e dela fazem bom uso.
Sejamos ponte, porque o mel que buscamos há de ser também nutritivo para outrem, sem importar em qual lado moram ou trabalham, porque o domicilio é mais que o lugar onde se dorme. Vai além do físico. A subjetividade de sua natureza é reconhecida devido à vinculação especial com o lugar. Fatores que se tornam elo, sejam profissional, comunitário, familiar, social, político, afetivo ou econômico.
Ser ponte é admitir mão dupla, embasada em sólidos alicerces, com direção certeira. Ser ponte é servir de acesso para que outros afluam e alcancem a conexão desejada e quiçá, sejam ponte também, pois o caminho está sempre pontilhado de pessoas que precisam de mão estendida e de corações inclinados para o bem comum.
Bendita rotina entre Herval d´Oeste e Joaçaba.
Somos uma comunidade com duas bandeiras. Dois modus vivendi que se entrelaçam e também ensinam a ser ponte, no seu mais belo sentido.
Vamos e venhamos!