quarta-feira, novembro 13, 2024

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Coluna Pelo Estado – A descoberta da UFSC

Foto Mauricio Vieira/Secom

O anúncio de uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina que apontou a presença de genomas do novo coronavírus no esgoto de Florianópolis em novembro de 2019 pode mudar os rumos das pesquisas mundial sobre o surgimento da pandemia.

A descoberta não significa que a pandemia teve origem no Brasil, mas que começou antes do que se imagina, apontam as pesquisadoras. Estudos semelhantes encontraram o SAR-CoV-2, nome científico para a doença,  no esgoto de Wuhan, na China, em outubro, e na Itália, no início de dezembro, antes do vírus conhecido mundialmente, em 31 de dezembro de 2019.

As pesquisadoras da UFSC apontaram que a partir desse estudo se abre também um caminho para pesquisa em materiais coletados em pacientes antes de dezembro e que poderão atestar se já havia contaminação.

“Devemos, sim, olhar para amostras retroativas de pacientes também, se tivermos essas amostras, para entender o fluxo do vírus”, indicou pesquisadora Gislaine Fongaro, do Laboratório de Virologia Aplicada da universidade. A pesquisadora disse que o desconhecimento da doença mundialmente antes de dezembro pode ter impedido o diagnóstico correto em pacientes.

O estudo também é o primeiro nas Américas a analisar o esgoto de forma retrospectiva, como já ocorreu na Europa e Ásia. Em quatro coletas seguidas, a pesquisa apontou um avanço na presença de genomas do vírus nas amostras analisadas. Na primeira, em novembro, apareceram 100 mil cópias de genoma. Na última, em março, mais de um milhão por litro. Em outubro e no início de novembro não apareceram vestígios do vírus.

Não pediu ajuda
A ex-controladora-geral adjunta do Estado, Simone de Souza Becker, disse à CPI dos Respiradores que a Secretaria da Saúde recusou, num primeiro momento, o apoio direto da Controladoria-Geral do Estado (CGE) na instrução dos processos de compras relacionados à Covid-19. Ela depôs à comissão na manhã de quinta-feira (2), por quase duas horas e meia.

Agonia em série
“Episódios da CPI estão melhores que as séries da Netflix”. A frase é do deputado Kennedy Nunes (PSD). De fato, a audiência nas sessões transmitidas pelo youtube é disparada o maior público da TV Alesc. Clique é do Fábio Queiroz.

Socorro às empresas
A FIESC vem defendendo medidas para garantir a retomada econômica o mais rápido possível. Nesta semana, a entidade enviou um ofício aos deputados estaduais solicitando aprovação de dois projetos. O primeiro é o PL 222/2020, que institui o Programa Catarinense de Parcelamento de Débitos Fiscais, por causa do estado de calamidade pública declarada em virtude da pandemia. O PL 138/2020, por sua vez, suspende as metas e compromissos firmados pelas empresas em contrapartida aos tratamentos tributários diferenciados no ano de 2020.

Violência doméstica
A deputada Ada De Luca apresentou projeto de lei para implementar auxílio emergencial às mulheres que sofrem violência doméstica. Assim como benefício criado pelo governo federal no socorro às famílias brasileiras na pandemia, o valor seria de R$ 600. De acordo com a proposta, as vítimas seriam acolhidas por medidas protetivas e receberiam o benefício por seis meses. A medida foi aprovada na CCJ da Alesc.

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