quinta-feira, maio 2, 2024

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Realizada cirurgia inédita para controle da dor em pacientes oncológicos

Foto Divulgação/HUST

A equipe médica do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), composta pelo anestesiologista e especialista em dor, doutor Breno Grossi, pelo cirurgião geral e do aparelho digestivo, doutor Maurício de Marco e pelos anestesiologistas, doutor Douglas Pellizzaro e doutor Marcos André, realizou, na última terça-feira (9), uma cirurgia inédita para o controle da dor em um paciente oncológico.

Conforme explica o doutor Breno Grossi, o procedimento cirúrgico consiste no implante de uma pequena bomba colocada sob a pele do abdômen do paciente para tratamento da dor. A bomba fornece medicação por um cateter que vai até a área ao redor da medula espinhal. “O medicamento é administrado diretamente na área da dor, seus sintomas podem ser  controlados com uma dose muito menor do que a necessária com a medicação oral, reduzindo os efeitos colaterais da medicação. Popularmente, esses dispositivos são conhecidos como bomba de morfina”, explica Grossi.

Ainda de acordo com o anestesiologista e especialista em dor, as medicações injetadas na região intratecal (no líquor) atingem o seu “alvo” de forma mais direta, necessitando de uma dose menor do que a oral, para fazer o mesmo efeito. As doses necessárias para controle da  dor são muito menores daquelas usadas pela via oral ou endovenosa, pois a medicação age diretamente ao redor da medula, local que transmite os estímulos de dor.

Foto Divulgação/HUST

“Como a morfina não passa pelos demais órgãos do corpo, os efeitos colaterais são mínimos. Não ocorrem tonturas, vertigens, sonolências, náuseas, mal-estar, dificuldades de raciocínio, entre outros efeitos comuns com o uso da medicação via oral ou endovenosa”, esclarece o anestesiologista.

O cirurgião geral e do aparelho digestivo, doutor Maurício de Marco, que também fez parte da equipe médica, destaca que o efeito para controle da dor é muito mais potente com a bomba de infusão intratecal, mesmo sendo utilizadas doses centenas de vezes menores, além disso, não é necessário que o paciente se preocupe em tomar medicações, pois a bomba libera a medicação de forma contínua e uniforme, durante todo o seu período de vida útil (vários anos). A única preocupação passa a ser o comparecimento periódico (a cada 2 a 6 meses) para o abastecimento do reservatório do sistema.

“Dores que antes eram intratáveis e rebeldes, podem ser controladas com o uso da bomba de infusão intratecal de morfina”, finaliza de Marco.

(Fonte Assessoria de imprensa da Unoesc Joaçaba)

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