A Seleção Brasileira espera por surpresas no jogo contra o México, nesta segunda-feira, em Samara, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Falando em nome da equipe, o volante Casemiro ressaltou a inteligência do técnico Juan Carlos Osorio e adotou tom de cautela para falar sobre o confronto. O colombiano é justamente ex-treinador do São Paulo, clube no qual o defensor foi formado. De lá, ouviu boas referências. A seguir, confira as declarações do craque brasileiro à imprensa mundial:
SURPRESA
“Sem dúvida, se tiverem proposta de jogar (para frente), vai ser melhor para o Brasil. O treinador deles é muito esperto, trabalhou no São Paulo e já me falaram muito bem dele. Tenho certeza de que ele vai querer nos surpreender. Nós sabemos (das estratégias), é um técnico que sempre surpreende. Tem que estar esperto. Ele tem o respeito de todos nós, porque quer surpreender o Brasil.”
CARTÃO AMARELO
“ Não me preocupa, não. Tenho esse estilo de jogo que o pessoal fala mais agressivo. Não muda meu estilo de jogo. Se estou na Seleção brasileira e no Real Madrid, é por meu estilo de jogo. Se tomar amarelo no próximo jogo, temos Fernandinho e outros jogadores que podem fazer essa função.”
FUTURO NA COPA
A Alemanha foi a seleção usada por Casemiro para adotar um tom mais cauteloso ao falar sobre o futuro do Brasil na Copa do Mundo. Os alemães não só caíram na primeira fase do torneio, como perderam para os mexicanos na estreia da competição e já deixaram a Rússia. Por isso, para o volante, não existe favoritismo. “Favoritismo vem de vocês. Camiseta não ganha jogo. Temos o exemplo da Alemanha. Com todos os jogadores que tem, todo o favoritismo, caiu na primeira fase. Estamos muito tranquilos. Todos os jogadores são de grande nível, de clubes sempre favoritos. Já estamos acostumados a essa pressão, a esse favoritismo que todo mundo fala. Nós temos sempre muito respeito, tranquilidade, humildade. Temos que jogar muito futebol para ganhar do México”, completou.
EQUILÍBRIO
Para o volante, a receita do sucesso é mais uma partida equilibrada do Brasil, com atenção não só à parte física, mas também ao momento emocional dos jogadores. Tranquilidade é uma palavra importante. Se sobrar um gol, melhor ainda. “ Tem que juntar os dois. Dentro de uma partida, vai ter momentos em que o México vai estar melhor, momentos em que o Brasil vai estar melhor. Diria que tem que juntar os dois, o coração e a cabeça. Vamos sofrer em alguns momentos, o México vai nos atacar. Temos que juntar os dois, ter um equilíbrio em campo. Meu trabalho é dar equilíbrio à equipe, fazer meus companheiros jogarem. Mas claro que se sair um golzinho de cabeça ou de fora da área, ajudaria (risos). Mas meu primeiro pensamento é dar equilíbrio à equipe. Um golzinho ajudaria não só a mim, mas à Seleção também – analisou.”
ELIMINAÇÃO
“Uma das conversas que tive com o Edu (Gaspar, coordenador) nessas Eliminatórias foi questão de acontecer isso, porque é futebol. A qualquer momento, pode ser eliminado. Pode fazer um grande jogo contra o México e ser eliminado. Existem diversas formas de perder. Posso dizer que se perdermos esse jogo, vai ser com uma grande atuação. Resultado é outra coisa. A única coisa que o mister nos pede é fazer um grande jogo. A qualquer momento, a bola pode entrar. Mas persiste no seu trabalho, que as coisas vêm. Tenho certeza de que vamos fazer o máximo para fazer um grande jogo.”
HEXA
“É logo ali, mas está bem longe. Tem que viver jogo a jogo, não adianta pensar na Bélgica. Não, tem que pensar no México. Tem que enfrentar e ganhar do México. Como falei sobre o cartão amarelo, não, tem que pensar no México. E depois em outras seleções. Todos estamos voltados só ao México. Não estamos pensando na final.”