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Usina São Roque tem prazo de início de geração em julho de 2022

Ato simbólico, com presença dos prefeitos de Vargem, Brunópolis, Curitibanos Abdon Batista e Frei Rogério, entre outras autoridades, marca retomada das obras. A usina terá uma capacidade instalada de 142 MW e constitui-se, atualmente, no maior projeto hidrelétrico em implantação no Brasil.

Foto Ascom Prefeitura de Vargem

Para marcar a retomada das obras da Usina São Roque, foi promovido na última quinta-feira, dia 29 de julho, almoço no canteiro de obras, seguido de visitação às instalações. A visita foi acompanhada por Ênio Schneider, coordenador do projeto e também pelo empresário José Antunes Sobrinho da Nova Engevix, nome atual da antiga Engevix Engenharia.

Foto Ascom Prefeitura de Vargem
Foto Ascom Prefeitura de Vargem

Milena Lopes, prefeita de Vargem, destaca que o investimento, além da geração de emprego e renda, também vai auxiliar os municípios por meio da compensação financeira. “Com certeza um ato importante não somente para Vargem, mas todos os municípios da região e estado de Santa Catarina, tamanha a envergadura e o investimento desta grandiosa obra que terá o campo de força concentrado no município de Vargem. A importância disso, além da geração de emprego e renda, é o investimento em forma de compensação da Usina. Isso será um incremento para que principalmente os municípios menores tenham condições de investir em todos os setores que se faz necessário”, destacou a prefeita.

Foto Ascom Prefeitura de Vargem

A implantação da Usina Hidrelétrica pela São Roque Energética S.A., é no Rio Canoas, entre os municípios de Vargem e São José do Cerrito. O seu reservatório abrange, também, os municípios de Brunópolis, Curitibanos e Frei Rogério e a linha de transmissão o município de Abdon Batista. A usina terá uma capacidade instalada de 142 MW e constitui-se, atualmente, no maior projeto hidrelétrico em implantação no Brasil. Deverá iniciar a sua geração comercial em julho do ano que vem. Por diversas razões a implantação teve seu ritmo reduzido em 2016, quando estava com 80% de avanço nas obras, mantendo-se apenas atividades de conservação e manutenção das instalações.

No início deste ano as atividades foram retomadas com um aporte de recursos próprios do acionista e foi fechada operação de crédito que permitirá novo avanço substancial nas obras.  O investimento total no projeto situa-se em R$ 1,1 bilhão. De janeiro para cá já foram mobilizadas cerca de 400 pessoas. Este número será incrementado à medida em que novas frentes de obra sejam retomadas e deverá atingir 650 a 700 a partir de setembro. Esta criação de empregos reveste-se de importância especial dado que a obra se insere numa região cujo IDH não é o dos mais altos do Estado. Quando concluída, a Usina gerará royalties de cerca de R$ 4 milhões/ano durante todo o período de concessão. Metade destes royalties reverterão para os municípios.

O Estado participa do pacote de financiamentos através do BRDE, com R$ 140 milhões. “A retomada da obra segue com recursos próprios e parte com recursos financiados. O novo aporte para conclusão da obra é de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões. Esse valor é para o conjunto das atividades, tanto a obra da usina com a linha de transmissão, como os problemas sócio ambientais, entre eles, a indenização das propriedades”, disse Ênio Schneider, coordenador do projeto da Usina São Roque.

A previsão de fechamento do reservatório é início de 2022, com geração da primeira máquina em julho do mesmo ano. Conforme Ênio Schneider, já existem contratos de longo prazo para a venda da energia que será gerada. “Nós temos já contratos de longo prazo que foram negociados e firmados dentro dos leilões promovidos pela própria Aneel, que é a Agência Reguladora de Energia e temos contrato de leilões privados, mas parte da energia está descontratada, que é uma questão de estratégia”, informou.

Um dos diferenciais da Usina São Roque será o reservatório de regularização, o que significa que em épocas de bastante chuva será possível armazenar água para ser utilizada nos períodos de maior seca. O empresário José Antunes Sobrinho, informa que há intenção de desenvolver no reservatório uma geração de energia híbrida com placas solares, além de estudo de uma térmica com óleo vegetal. “Nosso reservatório tem uma lâmina de água muito expressiva, cerca de 30 quilômetros quadrados de lâmina de água e podemos usar uma parte para colocar placas solares. Também vamos estudar aqui a colocação de uma térmica com óleo vegetal. Nós dispomos no grupo de motores e geradores e estamos pensando em considerar a colocação de uma térmica, usando a mesma subestação que nós temos a linha que conecta em Abdon Batista. Desta forma teríamos aqui três diferentes formas de energia renovável. Mas este é um segundo momento, que estamos trabalhando desde já”, informou.

Foto Ascom Prefeitura de Vargem

(Fonte Ascom Prefeitura de Vargem)

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