O Ministério Público de Santa Catarina revela queda de 70% no número de mortes violentas em Joinville nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados refletem o trabalho de indução de políticas públicas iniciado em 2016 com foco na repressão, investigação e julgamento de homicídios na cidade. De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Paladino, uma avaliação do que poderia ser aperfeiçoado, concluiu que infelizmente a investigação desses homicídios acabava fracionada nas diversas delegacias de polícia. Por outro lado, não no Poder Judiciário, uma unidade que tratasse somente de crimes contra a vida, assim como no âmbito do MPSC também não tinham promotorias especializadas. Então, o Ministério Público começou um grande trabalho de mobilização social na Câmara Intersetorial de Segurança Pública, junto a entidades sociais e empresariais, Câmara de Vereadores e Prefeitura, para mostrar a necessidade de criar uma delegacia especializada nas investigações de crimes contra a vida. Nos meses de janeiro e fevereiro, foram registradas quatro mortes violentas em Joinville. Em 2021 foram 13 e, em 2017, 22 homicídios. A coordenação regional do Gaeco de Joinville, explica que antes de 2016, apesar do esforço das instituições encarregadas pela repressão penal, teve aumento no número de homicídios na cidade ano a ano. Por isso, era necessário ir além. No mesmo ano a secretaria estadual de Segurança Pública, anunciou a criação da Delegacia de Homicídios de Joinville, que contribuiu para melhorar a qualidade das investigações. “Com essas instituições ligadas, imbuídas do mesmo propósito de conferir maior qualidade às investigações, processamento dessas demandas penais e mais agilidade no julgamento dos respectivos processos, foram obtidos resultados bastante expressivos, que trazem hoje para Joinville uma sensação de maior segurança frente ao que víamos alguns anos atrás”, destaca Paladino.
Saindo do governo
O secretário da Casa Civil, Eron Giordani (PSD), oficializou ao governador Carlos Moises, o desejo de sair da pasta para participar das eleições de outubro deste ano. Segundo a assessoria pode ser como candidato a deputado ou compondo chapa majoritária. “Minha participação no pleito, que recebeu o apoio do governador, é um processo que ainda está em avaliação. Contudo, a legislação exige a desincompatibilização para que os pré-candidatos estejam aptos a concorrer a cargos no Legislativo e Executivo. O meu desligamento será dia 31 de março”, revelou. Eron é da ala ligada ao deputado Júlio Garcia e ao prefeito de Chapecó, João Rodrigues.
Termômetro
A votação na Alesc ao veto parcial do governador Carlos Moisés, ao projeto de lei sobre legislação tributária será um teste sobre como ficará a base governista com a filiação no Republicanos. O projeto em questão afeta os setores de bares, restaurantes e similares e ainda não tem data para ocorrer, Os deputados não gostaram do vídeo e de notas veiculadas na imprensa nacional pela Secretaria da Fazenda falando sobre malefícios causados pelas bebidas alcoólicas, dando a entender que a redução do ICMS incentivaria o consumo de bebidas.
Verde e amarelo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) planeja lançar sua pré-candidatura à reeleição durante evento em Brasília dia 26 de março. Neste mesmo dia, várias filiações em todos os estados serão anunciadas e uma delas é do empresário Luciano Hang, que vai concorrer uma vaga para o Senado. Hang continua assediado por outras siglas já que a prioridade dele é a reeleição de Bolsonaro ao invés do governo catarinense.
Não desiste
Com a definição do governador Carlos Moisés no Republicanos, as conversas para formalizar ampla coligação para eleições já começaram com o Avante e Podemos. Em Brasília, a meta é atrair o MDB, podendo a sigla indicar o vice, além de buscar aproximação com o PP e o PSDB. Será um final de mês de muitas articulações por parte dos aliados do governador e dos adversários, já que o prefeito de Jaraguá do Sul e pré-candidato do MDB, Antídio Lunelli, não pretende desistir.
De volta pra casa
Secretários estaduais e prefeitos que pretendem disputar as eleições deste ano têm até dia 2 de abril para deixarem os cargos. Já está definido que voltam à Alesc os deputados Altair Silva (PP) e Luiz Fernando Vampiro (MDB), que ocupam os cargos de secretários da Agricultura e da Educação. Saem Silvio Dreveck (PP) e Dirce Heiderscheidt (MDB).