Na próxima segunda-feira (21) começa o inverno no Hemisfério Sul. Para nós que moramos na região Sul do Brasil, e estamos localizados, desta forma, mais próximos do Polo Sul, precisamos tomar alguns cuidados com a saúde, prevenindo-nos do frio e dos males que podem vir a partir dele. Esses cuidados precisam ser reforçados em humanos, mas também nos animais domésticos. É o que nos relata a professora Fernanda Canello Bandiera, do curso de Medicina Veterinária da Unoesc São Miguel do Oeste.
“Animais tem a mesma fisiologia da termorregulação dos humanos, então sempre que a temperatura do ambiente cai, eles sentem da mesma forma que nós. Animais de pelo curto e magros tendem a sofrer ainda mais com as temperaturas baixas, por terem uma menor proteção contra o frio.”
É necessário preocupar-se com a saúde e o bem-estar desses animais, portanto, da mesma forma que nos mantemos alerta com a saúde dos entes que fazem parte do nosso ciclo de relações “humanas”. A professora orienta a melhor forma de mantê-los aquecidos:
“A melhor forma de aquecê-los é disponibilizar abrigo longe do vento e umidade. De preferência, mantê-los dentro de casa. As roupinhas e cobertores também são muito válidos. Além disso, indica-se oferecer comidas aquecidas, como ração ou sachê umedecidos com água morna.”
Da mesma forma que nós costumamos nos prevenir tomando vacinas para prevenir a gripe (especialmente a H1N1), também os animais (cães) precisam ser vacinados para evitar a “tosse dos canis” ou traqueobronquite infecciosa como também é conhecida. E é bastante comum no inverno, como conta Fernanda: “Essa doença afeta o trato respiratório dos cães, causando tosse, espirros, secreção nasal, às vezes febre e pneumonia. É uma doença infectocontagiosa, ou seja, passa de animal para animal, podendo dessa forma ocasionar surtos em animais não vacinados. Além do mais, os animais podem estar mais predispostos ao desenvolvimento de doenças que afetem o sistema respiratório e imunológico.”
A traqueobronquite infecciosa pode ser prevenida por meio de vacina. Há uma variedade delas. O cão será vacinado por meio de injeção, por via oral ou intranasal. A vacina será administrada em uma ou duas doses, devendo ser feita todos os anos. É importante este hábito para mantê-los saudáveis.
“Desde que os animais sejam mantidos saudáveis, com vacinas e vermífugo em dia, não há contraindicações específicas em manter os animais domiciliados.”
Porém, iniciamos este texto falando sobre os cuidados que devem ser mantidos para a proteção do seu animal de estimação no período de inverno. Esses cuidados afetam a saúde do seu amiguinho de estimação, mas também acabam influenciando na sua própria saúde. Fernanda nos traz uma lista desses cuidados. Permaneçamos atentos: “Oferecer conforto e proteção contra o frio. Ficar atento ao aparecimento de secreções nasais, tosse, dificuldade respiratória, falta de apetite ou alterações comportamentais e sempre que preciso, procurar um médico veterinário.”
A professora pede que se observe sempre os sinais de frio, que podem ser percebidos quando o animal ficar encolhido (deitar em forma de círculo) ou apresentar tremores ou vocalizações. Com esta manifestação de afeto e cuidado, o amigo pet se sentirá protegido e estará saudável para quando voltar o tempo de calor e puder estar mais livre para ocupar os espaços externos.
(Fonte Blog Unoesc)