quinta-feira, maio 2, 2024

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Para eventos, a saída está no mecenato por Rodrigo Leitão

Fotos Divulgação

Artistas, produtores, promotores culturais, empresas e governos devem estudar um formato legal para promover um “novo Renascimento” com subsídios e incentivos que tragam também o público para a retomada de atividades pós-pandemia.

Nada mais será como antes a partir do Ano 2020. Mas para o setor de eventos eis que surge sim uma luz no fim do túnel. Porém, isso só será concretizado a partir do ano que vem e depois que tivermos uma vacinação em massa que permita a imunização da população, o que neste caso específico significa público.

Vamos voltar à Renascença! Aquele período glorioso as artes na Europa dos séculos 14 e 16. Sim, a saída é o “Novo Renascimento”, moldado pelo Mecenato, com as empresas se aliando aos governos, em todas as esferas (Municipal, Estadual e Federal) para garantir a produção, promoção e realização de eventos culturais, esportivos, de entretenimento, gastronômicos e comerciais. De feiras a um espetáculo teatral.

E como isso deverá acontecer?

Em primeiro lugar, os envolvidos deverão se organizar em grupos, associações, ONGs, etc, capazes de criar um mercado previamente planejado e cujas demandas sejam apresentadas a órgãos responsáveis por subsídios estatais e empresariais para as produções. Isso pode ser feito de forma rápida, já no âmbito municipal, por meio de legislações específicas de incentivos. Por exemplo, um grupo de artistas pode apesentar às Câmaras Municipais um projeto que preveja “xis” por cento do Orçamento do Município para a produção de espetáculos gratuitos ou a preços populares.

Ou então, que “xis” por cento do ISS ou do IPTU devido pelo comércio e indústria locais sejam destinados à promoção e produção cultural, desportiva, de entretenimento, turística ou comercial que tragam benefícios para o município. Isso pode ser feito também por meio de repasses da arrecadação do ICMS, por parte do Governo Estadual. E não com limites restritos. As margens devem ser generosas, renúncia fiscal com objetivo de promover a alegria e a satisfação intelectual da população. Sim, e aqui não se discute propriedades.  Mas após tanto sofrimento, a população precisa se divertir, o que é também uma prioridade. Paz social só se alcança quando rodeada de felicidade.

Agregar marca a este tipo de compromisso, também dará grande empatia às empresas e órgãos e entidades públicas. Bem como dividendos políticos a seus “mecenas”, ou seja, vereadores, deputados estaduais, prefeitos e governador.

Num momento de pós-guerra como o que estaremos vivendo a partir de 2021, é preciso enxergar as comunidades pela óptica da benevolência. Os poderes constituídos, público e privado, devem encarar esse novo desafio, essa nova postura e essa nova atitude como um abraço, um aperto de mão, uma ajuda alimentar à paz de espírito, ao cérebro, ao corpo e à mente sãos.

O Marketing Cultural e de Eventos será uma propaganda muito maior que qualquer outra campanha institucional e ou de varejo que qualquer esfera governamental ou comercial possa fazer a partir de 2021. Será preciso agradar profundamente os consumidores e reverter isto em ação comunitária. E nesse sentido, agregar uma marca a grandes projetos voltados à população ou a segmentos importantes de disseminação cultural, física, comercial, social e intelectual, significa conquistar o mercado consumidor inserido naquela sociedade beneficiada por um festival de teatro, um show musical, um concerto, sarais, bailes, shows de bandas, festivais de danças, feiras de cultura, competições esportivas, feiras de incentivo cultural e tecnológico, agro feiras, etc.

Ficar atento a estes preceitos e pô-los em prática ainda neste ano, por meio de elaboração de leis e projetos é largar na frente do que vem por aí. E Joaçaba especificamente, Luzerna e Herval d’Oeste, por constituírem um mercado diferenciado e único, devido à co-irmandade dos três municípios devem entender o preceito básico de sua liderança regional como maior mercado, maior promotor cultural e desportivo e exercer definitivamente seu protagonismo no Meio-Oeste de Santa Catarina.

Rodrigo Leitão é jornalista, músico, produtor artístico, promotor cultural e organizador de eventos, responsável pela ExpoVinho Joaçaba e Brinda Brasil (Brasília e Goiânia).

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