Alunos da rede Sesi Senai de Brusque, Concórdia, Lages, Rio do Sul e Seara seguem para a segunda fase do torneio que é completamente online; entre as soluções propostas estão inovações em sanitização, inclusão de pessoas com deficiência auditiva e monitoramento da saúde emocional de estudantes.
Florianópolis – Cinco equipes formadas por estudantes catarinenses estão classificadas para a segunda fase do desafio nacional de Robótica do Sesi contra a Covid-19. A ação incentiva a criatividade dos jovens e auxilia no combate ao novo coronavírus. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (18). Ao todo, 39 equipes foram selecionadas para a segunda fase devido aos empates técnicos. Agora, os jovens vão detalhar a proposta, que será avaliada com relação à pesquisa, criatividade e inovação, além de empreendedorismo e impacto social.
Os times terão até 4 de setembro para submeter mais informações sobre o projeto, demonstrando e detalhando a sugestão proposta. “Envolver jovens estudantes da educação básica em uma questão séria como esta desafia-os a pensar coletivamente em soluções que podem, de fato, beneficiar a sociedade. Estamos enfrentando uma pandemia que tem impactos na saúde, na economia e até mesmo na educação. Por meio do desafio de robótica, eles podem protagonizar ações que amenizem os efeitos dessa crise”, observa o diretor de educação e tecnologia da Fiesc, Fabrizio Machado Pereira.
A divulgação do resultado final será feita em 25 de setembro, quando serão conhecidos os vencedores e os que se destacaram em cada um dos quatro critérios de avaliação. Ao todo, sete equipes serão premiadas: 1º, 2º e 3º lugares no geral, e ainda, premiações exclusivas para as categorias: Melhor Projeto de Pesquisa; Melhor Projeto em Criatividade e Inovação; Melhor Proposta de Empreendedorismo e, também, de Impacto Social. Os prêmios não são cumulativos, ou seja, cada equipe selecionada só poderá ser premiada em uma categoria.
Além disso, as três primeiras colocadas participam do próximo Festival Sesi de Robótica, previsto para ocorrer em março de 2021.
Confira os projetos catarinenses classificados:
A Little Builders, de Rio do Sul, criou uma máquina que promove a esterilização de produtos e objetos por meio de luz ultravioleta, solução já aplicada na área médica e de alimentos. O projeto inclui um temporizador com alarme sonoro que indica o encerramento do processo de esterilização e um sensor magnético que desliga a luz quando a porta é aberta antes do tempo e evita que ela seja acionada acidentalmente.
Solução semelhante é proposta pela equipe Tecnorob Evolution, de Brusque. Eles sugerem o uso de uma “caixa comunitária” para desinfectar máscaras e luvas sem a necessidade de lavá-las, utilizando luz ultravioleta do tipo C (UVC). O interior da caixa é espelhado, de modo que os raios sejam refletidos internamente e aumentem a área de cobertura. Para evitar que a caixa se torne um ponto de contágio, a gaveta abre e fecha por meio de sensor de aproximação. Com a gaveta fechada, a luz age por 30 segundos e, depois disso, outro sensor libera a abertura da gaveta para que o usuário retire os objetos desinfectados.
A equipe de Lages (Robobaio) desenvolveu uma solução que incrementa os já conhecidos ventiladores mecânicos. A ideia é utilizar a impressora 3D para construir o aparelho portátil que supriria a demanda por esse tipo de equipamento para o transporte de pacientes. O ventilador usaria em sua composição ácido polilático (PLA), um polímero orgânico e biodegradável obtido a partir de fontes naturais como milho e cana de açúcar. O equipamento não precisa de eletricidade para funcionar.
A AgroRobots, de Concórdia, criou a máscara empática 3D, uma máscara desenvolvida com intuito de facilitar a comunicação e a integração dos deficientes auditivos, que precisam visualizar o rosto do seu interlocutor para entender sinais em Libras e captar expressões faciais. Também a base de ácido polilático (PLA), a máscara é moldada em impressoras 3D e o material, submetido a uma temperatura maior (até 50°C), pode ser moldado de acordo com o rosto de cada um. Para desenvolver a estrutura transparente, a equipe utilizou acetato de celulose, um material similar ao plástico, porém que pode ser moldado juntamente com a estrutura de ácido polilático, não embaça com facilidade e é mais resistente do que o plástico comum.
Preocupada com a saúde emocional dos estudantes nesse período de pandemia, a Robodroids, de Seara, desenvolveu uma aplicação para monitorar a saúde dos alunos matriculados na rede pública escolar. As informações, depois de cadastradas, são organizadas em um banco de dados que fica disponível em tempo real para análise da escola e dos profissionais da área de saúde e de assistência social. O objetivo é otimizar o monitoramento e a identificação de efeitos psicológicos decorrentes da pandemia.
(Fonte Assessoria de Imprensa da Fiesc)