por Isabela Toscan Mitterer Berkembrock, psicóloga, terapeuta EMDR, Mestra em Educação, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, facilitadora do Programa de Educação Emocional Positiva e idealizadora do Programa RealizAção.
Estamos chegando ao final de um dos anos mais desafiadores das nossas vidas… um ano em que a mudança de rotina foi a rotina, um ano em que fomos desafiados a nos depararmos com todos os conteúdos que ignoramos e procrastinamos, todas as relações que ignoramos, todos os desafios que deixamos para depois. Um ano de adaptação e readaptação.
Foi um ano de retomar nossos valores, nos aproximar de quem realmente importa para nós, encarar nossas emoções – boas e ruins – aprender novas habilidades e/ou sair da zona de (des)conforto. Foi também um ano de perdas e provações… para alguns maiores, para outros, menores, mas todos perdemos algo, ainda que seja a constância da nossa vida “normal”.
Nos afastamos fisicamente, nos aproximamos tecnologicamente. As nossas conexões se transformaram… a importância da educação foi evidenciada, a saúde tem sido muito mais valorizada, as hipocrisias e conflitos têm sido escancarados…
Ao final do ano, sempre lembro da mensagem amplamente divulgada que diz que “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão”. Vamos chegando ao final do ano e nossas energias se exaurem aos poucos, vamos nos cansando… especialmente ao final desse ano, o cansaço tem vindo antes e mais intenso… e a mudança no ano nos traz uma sensação de recomeço, de “virada”. A percepção que temos é a de que não há mal que perdure e sempre há tempo de recomeçar…
Ainda que as festas desse final de ano não sejam como esperamos, que não possamos seguir com nossa vida “normal”, esperamos que o ano que está chegando nos traga algum alento, nos traga renovação da esperança e novos ares. Teremos desafios, por certo, porque desses altos e baixos é feita a nossa vida.
Mas também serão novos tempos, e nesse momento, é tempo de agradecer… agradecer pela oportunidade de chegar até o final desse ano, agradecer pelo que temos, por quem somos, por quem temos, agradecer pelas oportunidades, pelos aprendizados. Inúmeras pesquisas já demonstraram que a gratidão tem o poderoso efeito de um antidepressivo: o simples fato de procurar por motivos para ser grato estimula a produção de dopamina e serotonina, melhora e estabiliza nosso humor, ajuda no desenvolvimento da nossa inteligência emocional, melhora nossos relacionamentos e nos deixa mais feliz…
Você já parou para pensar pelo que se sente grato(a) neste final de ano? Já agradeceu às pessoas que fizeram desse ano difícil, um período um pouco melhor? E o que você espera do novo ciclo que está chegando?
Renovo meus votos de que neste final de ano, você encontre paz, amor próprio e RealizAção e que o novo ano traga um novo “normal” que nos faça valorizar aquilo de bom que esse ano nos trouxe e que volte a nos aproximar de quem e do que nós amamos.