quinta-feira, maio 2, 2024

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“Vida que Segue” por Jaime Telles

Oh céus! Nem Nostradamus pôde prever.

Nos livros antigos, alguma insinuação, talvez.

Que é isso então?

De forma indireta o tema perpassa em trechos bíblicos, sim. Mas nada com a clareza que se pretende, nesse afã de compreender o que de fato se passa.

Natural ou laboratorial? Será? Quem atiraria com tal arma em tantas direções, a ponto de alvejar os seus ou mesmo a si? Prefiro não crer, embora me percorra a espinha um risco gélido, só em pensar.

Disseminada pelos quatro cantos do mundo, cruenta enfermidade epidêmica viral remexeu nossos dias e alongou nossas noites. Penalizo-me com tantos que choram irreparáveis perdas e também com aqueles que saltam à frente, como quem já tem a solução, em vaidosa ou interesseira ação, diante do estranho e insondável mal.

Afinados com o cancro da corrupção há quem consiga desligar o respirador do moribundo e gargalhar sonoramente ante a montanha de dinheiro que jorra dos dutos que escapam do lícito e da decência.

Ora, não bastassem os efeitos pandêmicos, temos que nos vacinar, também contra os derrotados que querem tomar a chave da casa grande, para avançarem ao “baleiro”, qual vespas venenosas, embevecidas pelo sangue de ratazanas e curvos ferrões peçonhentos.

Em nome de distorcidas verdades, lascivo e mórbido “plim” e apaniguados alardeiam o caos, igualmente ávidos por retomar o antigo modus operandi, de quando gordas fatias do “bolo” lhes “caíam” à mesa, farfalhando migalhas à plebe inocente e iludida, por arquitetados roteiros à base de lindos rostos, belas vozes, roliças coxas e frenéticos quadris. Se soubessem “ler” bradariam em coro: fora foro!

Silenciados, tambores e guitarras sugerem nova canção, porque algumas décadas febris nos roubaram o paladar sobre o que de fato convêm no âmago da cultura, que é retrato da alma popular. Tempos duros, quando mascarados do poder nos roubaram, de cara “limpa”, enlameando mãos suarentas acobertadas por sobejas capas. Alguns, qual morcegos invertidos vilipendiam a razão, ousando tingir de sangue a folha da Lei, tolhendo e cerceando em nome de algo que, avessa e descaradamente chamam democracia. Pobres ovelhas servis ao grande lobo, cujo olhar rubicundo ronda, desde arredores da Mongólia, da Sibéria, arrastando-se na direção de florestas e montanhas latinas e amazônicas.

Amiúde, pessoas, empresas, instituições e governos ensaiam saídas, mais online do que presencialmente, mantendo distância e mascarando amarelos sorrisos, como quem arrisca, num bilhete, a sorte desconhecida e distante.

Os meses já engoliram muitas semanas e as leis se veem bailando em triste melodia. Buscamos então, força e coragem onde jamais imaginamos, ante o ensaio de protagonizar a anelada sorte que a todos interessa.

Como obras do amor verdades bonitas guardadas no coração, quem sabe acotovelando-se com maldades que também ali habitam, ambos à mercê do livre arbítrio. Nada como doses de esperança, nesse tempo novo, quiçá, guinando da escassez para a abundância e novo prisma sobre valores e atitudes.

Ó, escola da vida, quantas e quão duras lições nesta live demorada!

Disso tudo, algum aprendizado? Ah, sim…por certo! Tomara que na proporção desse monstro que desconhece fronteiras. Tenhamos tenência suficiente para compreender o que se passa, quem são e o que querem os agentes mais agudos deste pedaço da história.

Ano de eleição!…Ou não…

Quem dera, minha Joaçaba querida, poder presenteá-la, à altura na festa silenciosa dos seus ruidosos 103 anos, quando teu povo te faz assim, tão bela.

Ademais, bom ainda é estar aqui abraçando cada oportunidade de aprender, nesta agridoce vida que segue.

Jaime Telles, orador da Scajho/Palestrante, locutor da Rádio Líder do Valle e diretor da empresa Telles Comunicação.

 

 

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