sexta-feira, maio 3, 2024

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Cantora de Joaçaba faz sucesso no litoral

Cassiani Tasca atua na região de Itajaí, Blumenau e no Paraná. Tem vários hits girando pela internet e defende um trabalho cultural que valorize os artistas locais e regionais. E recomenda: Participe de eventos e apresentações culturais em sua cidade e região, sempre que possível. A arte é essencial para a formação humana.”

Rodrigo Leitão
jornalismo@raizesdiario.com.br

Ela nasceu em Joaçaba, é filha de um importante empresário local, Ariovaldo Luís Tasca, que há 27 anos mantém firme e forte sua loja de veículos seminovos no mesmo endereço (Av. 7 de Setembro, em frente ao Banco do Brasil). É mestre e doutora em Nutrição, professora universitária, mas não larga a música de jeito nenhum.  Cassiani Tasca está na mídia com a bela canção “Perfume do Mar”, mas tem outros dois singles gravados (“Cor do Canto” e  “Eu Te Fiz Melodia”) que também apresentam boa repercussão nas plataformas de música (spotify, deezer, itunes, amazon, youtube music). As canções foram lançadas pela Produtora Café Maestro Produções, de Itajaí. Para ver e ouvir o trabalho de Cassiani Tasca basta acessar os clipes no youtube no canal Cassiani Tasca Oficial (https://www.youtube.com/channel/UCD4C28h10P4Xg9W6Xh4xfdQ).

Cassiani cresceu em Campos Novos, mas passava os finais de semana e as férias em Joaçaba. Depois se mudou para Balneário Camburiú, aos 15 anos (de onde veio a família de sua mãe, Denise Batista). “Joaçaba sempre foi muito presente em minha vida, pois frequentava todos os finais de semana quando ia visitar meus avós, tios e primos, todos naturais da terrinha, a  minha família paterna.”

Desde pequena, por influência das audições musicais de seus pais, Cassiani foi se acostumando com a boa música brasileira e lembra de ouvir os discos de vinil e de cantar sucessos de Elba Ramalho, Amelinha, Djavan, Zé Ramalho… “Sempre amei música e artes em geral. Na escola participava ativamente de grupos de coral, dança, teatro”, revela a cantora.

“Vou a Joaçaba eventualmente para visitar a família (meu pai e irmãos moram aí). “Nunca me apresentei na cidade, mas com certeza se houver oportunidade seria uma alegria pra mim”

“Uma grande inspiração para mim foi minha tia, irmã de minha mãe, Silvana Batista, que era cantora em Balneário Camboriú (fazia covers em bares) e foi uma das primeiras pessoas a dizer que eu era “afinada”. Eu ficava admirando e sonhando com a possibilidade de estar em um palco, quando crescesse. Nessa mesma época (aos 12, 13 anos de idade) também fui muito incentivada pelo amigo Rogério Wietorn Jr, de Campos Novos, com o qual eu cantava e em rodas de violão com amigos. Foram os “starts”. A partir disso comecei a olhar com mais atenção para este talento, e entender que fazia parte de mim.”

BANDA
Atualmente, acompanhada por banda e em uma sólida parceria com o multiartista itajaiense Rafaelo de Góes, Cassiani está envolvida no projeto  “Cor do Canto”. Rafaelo, seu amigo de longa data, é parceiro nas composições e ela ainda conta com os músicos William Góes (bateria) e Duda Cordeiro (baixo), todos na foto ao lado. “Ele está dirigindo e produzindo este trabalho com maestria. O Projeto Cor do Canto é mais que especial, é como um filho para mim, e o plano é que se torne um álbum no decorrer de 2021 e 2022”, anuncia Cassiani. Ela explica que investiu num projeto autoral porque sempre trabalhou como intérprete, fazendo covers, cantando músicas de outros artistas. “Porém em 2020 quis dar esse passo a mais, iniciando meu processo de composição própria. Comecei meu trabalho como compositora em 2020”, disse.

“Sempre fui autoditada, cantava e tinha afinação naturalmente e intuitivamente, sem conhecimento teórico algum. No entanto de uns anos pra cá (2017) com a maturidade e a certeza de que quero fazer isso da minha vida pra sempre, comecei um processo de estudos de técnica vocal, incluindo cursos e oficinas sempre que possível”, se define Cassiani que já soma 30 anos de carreira entre idas e vindas.

“Canto desde os 13 anos, inicialmente de maneira informal em rodas de violão com amigos ainda em Campos Novos. Comecei a cantar profissionalmente aos 17 anos, na época que fazia faculdade em Balneário Camboriú e região, aos 17 anos, fazendo covers em bares e eventos (de 1998 até 2003). Depois fiquei um tempo sem cantar para cuidar de outros setores da vida (estudos, trabalho)”, informa a cantora.

UNIVERSIDADE
Cassiani Tasca concentra sua carreira na região do vale do Itajaí (Itajaí, Balneário Camboriú, Penha, Navegantes). Atualmente, ela trabalha em Realeza/PR, como professora do curso de Nutrição na Universidade Federal da Fronteira Sul e é ativista cultural naquela Universidade. “Mas mantenho minha residência em Navegantes/SC, onde passo bastante parte do tempo, uma vez que minha atuação artística acontece principalmente no vale do Itajaí.  Também já morei em Florianópolis, cidade que amo, e eventualmente também faço apresentações musicais lá”, informa.

Formada em Nutrição pela Univali, Mestre e Doutora em Nutrição pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Cassiani é professora há universitária há 15 anos e atualmente integra o quadro docente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) na cidade de Realeza/PR.

Ajude a propagar e fortalecer a música autoral independente. Não é a fama ou a projeção que faz um artista, e sim a qualidade do seu trabalho, feito com amor e verdade”

TEATRO ALFREDO SIGWALT
Ela nunca se apresentou em Joaçaba e diz que ficaria muito feliz se conseguisse fazer um show na cidade, assim que possível, assim que a pandemia acabar. “Vou a Joaçaba eventualmente para visitar a família (meu pai e irmãos moram aí). “Nunca me apresentei na cidade, mas com certeza se houver oportunidade seria uma alegria pra mim”, expõe sua vontade de subir ao palco do Teatro Alfredo Sigwalt.

Cassiani chegou a participar de alguns festivais de música, quando era adolescente, no interior de Santa Catarina, em Campos Novos e Abelardo Luz. Mas confessa que não apostou nesse veio de mercado para consolidar sua carreira. “Sempre achei traumático, pois não acho que a arte deva ser julgada em uma competição e sim apreciada, respeitando-se todas as suas individualidades”, pontua a artista.

Aos 43 anos e com uma linha de trabalho bem definida, essencialmente no segmento do que é classificado mercadologicamente como MPB (Música Popular Brasileira), Cassiani lista como principais influências grandes artistas cujos trabalhos ela conheceu anos 80 e 90, como Djavan, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Marisa Monte, Nando Reis, Lenine, Tom Jobim, Flávio Venturini, João Bosco e Milton Nascimento, nomes atemporais cuja lista inclui, ainda, Dalto, Cazuza e Rita Lee.

COR DO CANTO
“No meu atual projeto “Cor do Canto” predomina MPB, mas há uma mistura de ritmos brasileiros (ijexá, samba rock, balada, rap) como pano de fundo em algumas músicas, mas sempre predominando MPB”, explica a cantora que admira bandas de rock nacional como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Mutantes, além do jazz como Frank Sinatra, Nina Simone, Nora Jones, Diana Krall também sempre me atraíram. “Dentre os artistas mais contemporâneos, eu cito as cantoras Céu e Maria Rita.”

Cassiani considera que as programações musicais das emissoras de rádio, hoje em dia, são bastante limitadas. “Infelizmente, em especial nas rádios mais populares. Vejo os estilos musicais como o funk carioca e o sertanejo universitário, desenvolvidos de maneira industrial, formato de produção em série, visando lucro imediato, sem muita autenticidade, com conteúdos pouco profundos e voltados apenas para o entretenimento”, analisa a cantora. “Mas felizmente há excelentes rádios brasileiras. Destaco as catarinenses Rádio Univali FM e Rádio Itapema FM e internacionais que prezam pelo espaço às músicas como MPB, bossa nova, jazz e soul music. Tem que procurar, mas existem sim”, exemplifica Cassiani.

REFLEXÃO
“No meu ponto de vista, todas as expressões artísticas (teatro, poesia, artes plásticas, música entre outras) são fundamentais para a formação humana. Como artista, eu busco transmitir minha expressão artística que é a música, aliando conteúdos que promovam reflexão, autoconhecimento, autenticidade, verdade, informação, visando elevar o padrão energético e contribuir pra evolução do planeta”, observa.

Cassiani Tasca acha que somente a regionalização da arte e cultura é capaz de criar público crítico e formar plateia local. Ela milita há anos nesse sentido, para resgatar o padrão cultural da música brasileira e manda um recado ao público: “Faço um pedido para o público geral, para quem nos lê: ajude a propagar e fortalecer a música autoral independente. Não é a fama ou a projeção que faz um artista, e sim a qualidade do seu trabalho, feito com amor e verdade. Ouça artistas da sua cidade, do seu estado, valorize artistas locais. Procure saber, curta, compartilhe com amigos, adicione em suas playlists. Estamos em todas as plataformas de música (spotify, deezer, itunes, amazon, youtube music). Participe de eventos e apresentações culturais em sua cidade e região, sempre que possível. A arte é essencial para a formação humana.”

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